quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ANDORINHAS






A andorinha-pequena-de-casa está quase sempre presente em nosso dia-a-dia e na maior parte dos locais onde ocorre basta olhar para o céu em dias de tempo bom que elas estarão lá, dando um verdadeiro show com suas acrobacias aéreas enquanto caçam insetos voadores.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) pugë = traseira, rabadilha; e khelidön = andorinha; e do (grego) kuanos = azul escuro; e leukos = branco ⇒ Andorinha com rabadilha azul e branco.

Características

As partes superiores são azul-metálicas, mas dependendo da incidência da luz parecem negras. As asas e a cauda são negras, inclusive nas partes inferiores. A região negra da parte inferior da cauda vai até a altura da cloaca, o que a distingue da andorinha-de-sobre-branco(Tachycineta leucorrhoa). A divisão das cores é bem nítida. Não há manchas brancas nas partes escuras, nem manchas escuras na parte branca, o que a diferencia das outras andorinhas brasileiras, a não ser da andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea), que é bem maior. Mede cerca de 13 centímetros.

Subespécies

Possui três subespécies:
  • Pygochelidon cyanoleuca cyanoleuca (Vieillot, 1817) - ocorre desde a Costa Rica até a Venezuela, no Brasil e no Norte da Argentina;
  • Pygochelidon cyanoleuca peruviana (Chapman, 1922) - ocorre na região costeira do Peru; em La Libertad até Arequipa;
  • Pygochelidon cyanoleuca patagonica (Orbigny & Lafresnaye, 1837) - ocorre na região Central do Chile e Argentina até a Terra do Fogo.

Indivíduos com plumagem leucística

O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensí­veis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
 Alimentação
Sobrevoam os mais variados tipos de formações vegetais, mas são especialmente abundante em campos, especialmente na época de revoadas de formigas e cupins alados, quando formam bandos de dezenas de indivíduos nas áreas dos formigueiros e cupinzeiros.

andorinha-pequena-de-casa seReprodução
Na natureza essas aves usam buracos em barrancos, escarpas e rochas tanto para nidificar quanto para pernoitar. Este hábito representou uma pré-adaptação desta ave ao meio urbano, que se sente muito à vontade nas frestas de telhados ou qualquer outro espaço em nossas construções. O ninho é uma tigela feita de palha, as vezes cimentada com fezes de gado e recoberta por penas. Os ovos, geralmente de 3 a 5, são incubados pela fêmea enquanto o macho a alimenta. O casal se reveza na alimentação dos filhotes.
Passam a maior parte do dia voando, só pousando em árvores, antenas e fios de eletricidade para descansar ou quando o tempo está ruim.
É migratória, especialmente nos locais mais frios, mas ao contrário de outras espécies de andorinhas não realiza migrações muito longas.
Às vezes é vista fazendo vôos rasantes sobre lagos para beber água. Tem grande afinidade pelas habitações humanas. Muitas vezes são vistas voando dentro de grandes igrejas, e por isto são muito respeitadas. Faz seus ninhos em cavidades, próximos uns dos outros, formando colônias. Gostam de pousar em fios elétricos, em grande número. Algumas não gostam muito do frio e migram para passar o inverno em outras regiões mais ao norte. Têm um vôo um pouco irregular, já que ficam para lá e para cá procurando insetos. Algumas árvores floridas, como as tipuanas, atraem insetos e as andorinhas logo aparecem e ficam borboleteando por sobre as copas.

Distribuição Geográfica

É uma das aves com distribuição mais ampla na América Latina, ocorrendo desde a Costa Rica até a Terra do Fogo, assim como desde o nível do mar até os Andes.


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